sábado, 7 de junho de 2014

ESPIRITUALIDADE: PARECIA QUE O MEU CASO NÃO TINHA JEITO CONTA EX-HOMOSSEXUAL


Quando meus pais se casaram, eles eram evangélicos e pertenciam a uma denominação muito rígida e doutrinária. Pouco tempo depois do casamento, meu pai começou a beber e se desviou da igreja. A bebida o transformou em um homem violento e com isso minha mãe passou a sofrer maus tratos nas mãos dele. Não demorou muito e minha mãe também acabou se desviando da igreja. 

Com o passar dos anos, os filhos foram nascendo e quando minha mãe ficou grávida de mim, ela já tinha cinco filhos e minha família estava passando por sérios problemas com meu pai. Por esse motivo minha gestação foi rejeitada por minha mãe que não queria mais um filho pra sofrer.

Nasci no dia 7 de maio de 1972. Naquela época minha família estava totalmente destruída. E quando eu estava com dois para três anos, meus pais se separaram por iniciativa da minha mãe, que não aguentava mais a vida que estava levando.

Então, minha mãe alugou um quartinho num cortiço muito feio onde havia várias casas de um cômodo e um banheiro comunitário para todas as famílias. Ali fomos morar: minha mãe, eu, meu irmão (que é dois anos mais velho que eu) e duas irmãs. Meus dois irmãos mais velhos ficaram morando na casa da minha avó materna, com meu pai. Enquanto minha mãe trabalhava, minhas irmãs que eram um pouco mais velhas (uma tinha 10 e a outra 12 anos) tomavam conta de mim e do meu irmão.

Como eu não estava acostumado a ficar sem a minha mãe, eu chorava muito e por esse motivo passei a ser humilhado pelos vizinhos e também por meus irmãos que me chamavam de chorão, mocinha, florzinha, e de mariquinha. Sem saber, meus irmãos e até minha mãe deram legalidade para que alguns demônios começassem a atuar em minha vida. Também passei a ser vitima de violência doméstica, pois meus irmãos não sabiam como lidar com a minha situação e então me batiam muito e apanhar deles passou a fazer parte da minha rotina.

Ali naquele lugar havia uma vizinha que sempre brigava com uma das minhas irmãs e eu era usado por ela para afrontar minha irmã. Então ela me batia, me puxava pelos cabelos e me xingava com o objetivo de atingi-la. A mãe dessa vizinha era mãe de santo e um dia um encosto que se apoderou dela, disse que havia uma imagem de um demônio enterrada no meio da nossa casa e por isso a filha dela e minha irmã viviam em pé de guerra. 

Num sábado eu acordei e a casa estava cheia de gente e havia um grande buraco embaixo da mesa. Minha mãe estava segurando uma imagem de um demônio chamado "tranca rua". Esse demônio foi achado enterrado no meio da nossa casa. 

Como naquele lugar só havia um banheiro para todas as famílias, era comum colocar as crianças para tomarem banho juntas e às vezes no meio do banho algum adulto entrava no banheiro alegando estar com pressa. Foi nessa época que eu passei a ser vitima de abuso sexual por parte de outros garotos e também adultos. Essa situação passou a ser comum em minha vida, pois eu sempre era abusado por alguém. Já naquela época eu sempre ouvia das pessoas que abusavam de mim que aquele era um segredo e que se eu contasse pra alguém eu iria apanhar então eu sempre ficava quieto. 

Um dia, estávamos eu e minha mãe em casa quando eu falei algo que tinha ouvido durante um dos momentos que fui abusado, no mesmo instante minha mãe pegou um sapato e bateu na minha boca. Na hora eu associei aquela atitude com o que me falavam sobre contar pra alguém e apanhar, então eu me calei de vez. Talvez esse tenha sido um pedido de socorro, e ela não entendeu. Minha mãe sempre nos amou muito, porém ela achava que aquela era a forma correta de se educar uma criança. 

Quando eu estava com quatro anos, minhas irmãs começaram a trabalhar, e minha mãe passou a deixar meu irmão e eu na casa de uma senhora que cuidava de crianças. Naquela casa funcionava um centro de macumba e ali eu também fui vitima de abuso sexual e violência por parte dos filhos da dona da casa. Eu e meu irmão dormíamos no local onde eram feitos os rituais junto com mais dois meninos. 

Enquanto todas as crianças brincavam, eu e meu irmão passávamos boa parte do dia debruçados no muro perguntando para as pessoas que passavam na rua se aquele dia era sábado, porque era no sábado a tarde que minha mãe ia nos buscar para passarmos o final de semana com ela e com minhas irmãs. Sempre que alguém dizia que não era sábado e que ainda faltavam alguns dias para chegar o sábado, nós chorávamos muito. Eu vivi naquele lugar alguns dos piores dias da minha vida. 

Ficamos ali pouco tempo, pois uma das minhas irmãs logo saiu do trabalho e numa terça-feira passou para nos levar com ela. Meu coração parecia que ia explodir de tanta alegria. 

Pouco tempo depois meu irmão começou a estudar e minha situação ficou um pouco pior do que era, pois quando minha irmã ia levá-lo a escola eu ficava trancado em casa, sem comida e chorando ou ficava aos cuidados dos vizinhos que sempre me maltratavam.

Certo dia apareceu um rapaz em casa dizendo que era meio parente nosso, e suas visitas passaram a ser constantes. Ele conquistou a confiança da minha irmã e começou a se oferecer pra cuidar de mim enquanto minha irmã ia levar meu irmão à escola. Aproveitando-se que minha irmã sempre demorava muito pra voltar pra casa, ele também começou a abusar de mim e isso passou a acontecer com frequência. Muitas vezes ele nem esperava minha irmã voltar, abusava e depois me deixava sozinho.

Quando nós nos mudamos daquele lugar, fomos morar justamente no mesmo quintal onde o tal rapaz morava. Ali tudo ficou mais fácil pra ele, pois agora éramos vizinhos de parede. Esse novo lugar já era um pouco melhor pra se morar, ali o quintal era cimentado e tinha dois banheiros para as famílias.

Logo que nos mudamos pra esse lugar, minha mãe começou a frequentar um centro de macumba de uma prima do meu pai e sempre que íamos lá, os demônios que se manifestavam ali diziam que eu era muito especial pra eles e nessa época eu acabei sendo consagrado a eles.

Quando eu estava com sete anos, meus irmãos mais velhos vieram morar com a gente. No começo eu pensei que minha vida iria melhorar, pois eu teria a proteção deles. No entanto, não foi bem isso que aconteceu, pois meu irmão mais velho que estava com dezenove anos já era um viciado em álcool e também havia se tornado muito violento. Nossos dias passaram a ser mais difíceis do que já eram. Passamos a apanhar do meu irmão por qualquer motivo e nunca podíamos falar nada para a minha mãe ou para meu outro irmão, caso contrário apanhávamos mais ainda no dia seguinte.

Quando minha irmã mais nova completou quatorze anos, ela fugiu de casa para se casar, pois não aguentava mais tanto sofrimento e minha mãe temendo o pior a emancipou e ela se casou em janeiro de 1979.

Com doze anos eu já sabia no que eu havia me tornado, pois nessa época eu comecei a procurar outros homens para ter relação. Sabia que eu era um homossexual. Só não admitia por medo, já que sempre ouvia falar muito mal dos homossexuais. Foi nessa época também que um senhor me pediu para ajudá-lo a carregar alguns pacotes até sua casa e quando chegamos lá ele tentou me estuprar. Fui salvo por dois "amigos" que desconfiaram das intenções deste senhor, e nos seguiram e bem na hora apareceram na janela me chamando. Um deles espalhou o que viu no bairro e mais uma vez eu passei a ser motivo de gozação das pessoas. A humilhação foi tanta que eu passei a frequentar um bairro vizinho, onde arrumei uma namoradinha só pra entrar pra turma.

Aos quatorze anos eu comecei a trabalhar em uma empresa que sempre prestava alguns serviços no centro de São Paulo e ali eu comecei a ter contato com outros homossexuais e comecei a achar tudo muito fascinante. Um tempo depois ingressei no ramo da moda onde comecei a participar de desfiles como modelo.

Quando eu tinha quinze, minha mãe se mudou de onde nós morávamos e foi morar com meus irmãos e minha irmã na zona leste e eu fui morar sozinho no centro de São Paulo. Abandonei meus estudos e aluguei um quarto no apartamento de um senhor que também alugava vagas para garotos de programa. Fiquei ali durante alguns meses e foi tempo suficiente para eu ter contato com a podridão do mundo homossexual. Agora eu estava exatamente onde os demônios que atuavam na minha vida queriam. Comecei a frequentar a vida noturna do centro da cidade e logo eu estava fazendo programa. E ainda achava que dessa forma, eu não seria taxado de homossexual, já que eu poderia usar a desculpa de que eu era só garoto de programa e não homossexual. Comecei a me prostituir nas ruas do centro e as vezes anunciava em jornais e atendia no meu apartamento.

Minha família e meus amigos não sabiam de nada da minha vida, eles sempre me viam como um bom rapaz, um trabalhador responsável, eu sempre ajudava minha família e mesmo fazendo programas, eu ainda fazia uns bicos como modelo para justificar o dinheiro que entrava e também as minhas saídas. Eu era também muito mentiroso, afinal eu tinha que viver inventando histórias para justificar a vida que levava. 

Com o tempo eu passei a usar drogas (mas não cheguei a me viciar) e a beber com meus amigos, mas isso era só para fazer parte da turma e não ser rejeitado, pois havia em mim um espírito de rejeição que atuava nesse sentido. Esse espírito de rejeição também me fazia ser soberbo e com isso eu comecei a desprezar meus irmãos e a me sentir superior a eles. Comecei a me achar melhor do que todo mundo. Eu era o mais bonito, o mais legal, o mais inteligente, enfim, o mais tudo. Tinha mania de perfeição e tratava meus irmãos e alguns amigos com certa inferioridade e com arrogância. 

Aos dezessete anos tive problemas no lugar onde estava morando e então fui passar um tempo na casa da minha mãe. No período que estive lá, meu pai voltou a morar com minha mãe, pois não tinha onde morar e estava vivendo como um mendigo, sempre jogado de um lado para o outro. Durante o tempo em que fiquei na casa da minha mãe eu briguei muito com meu pai e com meu irmão mais velho, o que me levou a ir embora outra vez. Então em 1990 eu voltei a morar no centro e pouco tempo depois meu pai abandou o vicio do álcool.



Aos dezenove anos fui convidado para posar nu para uma revista direcionada ao público homossexual e passei a usar isso como um trunfo a meu favor para vender minha imagem como garoto de programa. 

Tive vários relacionamentos homossexuais, porém nunca fui feliz em nenhum deles, sempre me faltava algo. Era como se a pessoa com quem eu me relacionava levasse um pedaço de mim depois da relação. Eu me envolvia com outros homens e muitas vezes depois da relação eu não queria vê-los na minha frente. Não conseguia entender o que se passava comigo. Algumas vezes eu até humilhava a pessoa depois da relação.

Me envolvi com homens casados. Com homens famosos. Com religiosos. Enfim! Eu não perdia a oportunidade de ter sexo. 

Um tempo depois que posei nu, resolvi dar um tempo com a prostituição, pois comecei a receber convites para participar de muitos eventos e achei que não seria legal se as pessoas soubessem da vida que eu levava. Então em 1992 eu comecei a trabalhar numa companhia de teatro. Nessa companhia eu me envolvi com macumba e sempre estava no meio de sessões que eram realizadas na casa de algumas pessoas que trabalhavam lá. Por várias vezes eu me consagrei a pombas gírias, usando seus perfumes e objetos que elas têm como marca na vida de pessoas que as seguem. Em 1998 eu saí da companhia de teatro e comecei a trabalhar em emissoras de TV. 

Nessa fase da minha vida eu fiz amizade com muita gente famosa e trabalhei como produtor artístico de grupos musicais. Fui produtor de TV, fiz assessoria para artistas, trabalhei em gravadora e de vez em quando ainda me prostituía quando a situação apertava.

No final de 1999 eu me envolvi com um homem bem mais velho que eu e fui morar com ele em sua casa. Eu tinha repulsa daquele homem, porém ele me bancava e por um tempo eu o aturei. Em fevereiro de 2000 eu fui para a Europa com esse homem e pensei seriamente em abandoná-lo lá. Em março do mesmo ano eu resolvi dar um fim nesse relacionamento e por isso passei a sofrer uma perseguição por parte desse homem. 

Comecei a não ver sentido na minha vida e passei a perceber que algo estava errado. Afinal eu era infeliz! Tinha vários "amigos" e me sentia sempre só, vivia em festas badaladas e chiques onde muitas pessoas dariam tudo pra estar e quando eu chegava em casa a solidão e o vazio tomavam conta de mim. 

Numa noite que cheguei em casa depois de uma balada, comecei a falar com Deus e disse que se aquela era a vida que Ele tinha pra mim, então que Ele me ajudasse a ser feliz, porque eu não era. Pedi a Ele uma pessoa que me amasse de verdade e que eu também a amasse sem interesses, agora se aquela vida não fosse o que Ele queria pra mim, então que Ele mudasse minha história. Passei a conversar com Deus todas as noites pedindo a mesma coisa. 

No mês de outubro do mesmo ano eu fui chamado pra participar da gravação de um comercial na praia e no meio dos modelos tinha um rapaz que chamava a atenção das pessoas por ser muito bonito. Num momento de pausa eu me aproximei desse rapaz e começamos a conversar. O nome dele é Luiz e uma das primeiras coisas que ele me perguntou foi se um amigo que estava comigo era meu namorado. Achei estranha a pergunta, mas disse a ele que não, que era apenas um amigo, então ele disse ainda bem porque você é um cara bonito e me perguntou se eu era gay. Fiquei meio sem jeito, mas respondi que sim. Então ele olhou nos meus olhos e disse: "Meu sai fora dessa, Jesus te ama e Ele não aprova essa vida não". Confesso que fiquei meio chocado quando ele me falou aquilo, afinal eu achava que ele estava me paquerando. Mas ele não se intimidou e continuo falando de Jesus. No começo cheguei a pensar que ele estava pecando, pois falava de Jesus com muita intimidade e eu sempre ouvia falar que Jesus não gostava disso e não aprovava aquilo e que Jesus castigava, mas ele me falou de Jesus como se fosse o melhor amigo dele, então eu me interessei por esse Jesus. 

Mesmo sabendo que eu era homossexual o Luiz se tornou meu melhor amigo e ele não perdia a oportunidade de me falar do amor que Jesus tinha pela minha vida. Por várias vezes ele me convidou pra ir à igreja com ele, mas eu nunca ia, sempre arrumava uma desculpa e eu sempre o convidava para ir às festas que eu organizava e ele ia. Algumas vezes eu arrumei trabalhos de modelo para ele e ele acabou se desviando da igreja, mas não deixou em momento algum de falar de Jesus pra mim. 

Sem que ninguém soubesse, eu visitei algumas igrejas, mas não me senti bem em nenhuma, parecia que o meu caso não tinha jeito e eu já estava conformado com minha situação, achava mesmo que Deus tinha me criado homossexual. 

Em junho de 2003 eu acompanhei a parada do orgulho gay de São Paulo e no trajeto eu vi coisas que me fizeram ter vergonha do que eu era. Então mais uma vez eu cheguei em casa muito chateado e disse pra Deus que eu não queria mais aquela vida e pedi a Ele em nome de Jesus que me desse algum sinal de que aquela não era a vida que Ele queria pra mim. No mesmo mês eu fui visitar meus pais na cidade de Indaiatuba no interior de São Paulo e num domingo eu estava limpando um terreno que nós tínhamos, quando um vizinho chamado Saulo e que mora em frente a esse terreno se aproximou e começou a me contar o testemunho de um Pastor que tinha sido um travesti. Quando ele começou a falar achei que era mais um historia de crente, mas quando ele contou alguns detalhes eu percebi que conhecia o tal Pastor da época que ele era travesti. Não tive dúvidas! Cheguei em casa e disse pra Deus que se ele tinha feito aquilo na vida da Paulete (esse era o nome do Pastor quando ele era travesti) então o meu caso era mais simples, porque eu não era um travesti. 

Em novembro eu acompanhei um amigo meu a uma reunião de negócios e durante essa reunião surgiu o assunto igreja. Não sei porquê, mas me senti muito atraído por esse assunto naquele dia. No final do mesmo mês eu fui para Dourados, em Mato grosso do Sul, para dar aulas para modelos. E em janeiro de 2004 eu voltei a São Paulo com uma modelo para acompanharmos os eventos de moda e nesse período, nós ficamos hospedados no apartamento desse amigo que havia me levado a reunião e ele me falou que estava frequentando uma igreja muito boa. Então eu disse a ele que a igreja devia ser boa mesmo ou então que deveria ter alguém muito interessante lá pra ele estar frequentando. A convite desse amigo eu fui conhecer a igreja e quando eu entrei lá o grupo de louvor estava cantando o louvor PRECISO DE TI, e Deus falou tanto comigo através desse louvor que eu sai dali maravilhado com o que tinha ouvido. No dia seguinte eu encontrei meu amigo Luiz e contei pra ele que tinha ido à igreja e falei também do louvor e da maneira como fui tocado. O Luiz ficou tão feliz com o que falei e pra minha surpresa ele tinha um CD com aquele louvor no carro e colocou pra nós ouvirmos. Mais uma vez fiquei encantado com o louvor. Nunca tinha ouvido nada tão lindo. 

No domingo seguinte, dia 15 de fevereiro, fui novamente à igreja e de novo o grupo de louvor cantou PRECISO DE TI. Senti claramente que aquilo era pra mim e no final do culto quando o Pastor Walter Brunelli fez o apelo eu não tive dúvidas, levantei minha mão direita e aceitei Jesus como meu Único e Suficiente Salvador. Não me lembro de ter tido tanta certeza de algo como tive aquele dia. Meu amigo Luiz nem acreditou quando soube do acontecido, ele ficou muito feliz e nesse dia eu tive a certeza de que ele era mesmo meu amigo e que Deus o tinha colocado em meu caminho. 

No final de semana seguinte eu tive que voltar pra Dourados, pois iria começar o meu curso para modelos. E lá eu tive um comportamento pior do que antes. Parecia que eu tinha me transformado em um ninfomaníaco e só pensava em sexo. Fazia as minhas barbarias e ainda dizia para as pessoas que eu era crente. Na verdade eu não havia me convertido e sim me convencido. Fiquei em Mato Grosso do Sul dando aulas em algumas cidades durante um ano e em dezembro de 2004 eu voltei a São Paulo. 

No dia 8 de fevereiro de 2005, eu saí de casa com a intenção de acompanhar uma banda de carnaval que sairia desfilando pelo centro de São Paulo. Nessa banda acontece de tudo o que não presta: sexo, drogas, bebidas, prostituição e vandalismo dos mais absurdos. Naquele dia, porém, Deus tocou em meu coração e eu acabei ligando na casa do irmão Alaim, que eu havia conhecido um ano antes quando fui à igreja. Ele não estava em casa e quem me atendeu foi a esposa dele, então eu perguntei a ela se iria ter culto na igreja aquele dia já que era uma terça-feira de carnaval e ela disse que sim. Então confirmei o endereço com ela e fui até a igreja. Quando cheguei lá fiquei muito feliz, pois fui muito bem recebido e uma das irmãs ainda perguntou do meu amigo que havia me levado lá um ano atrás. Achei aquilo muito legal, afinal eu só havia ido àquela igreja duas vezes e depois não apareci mais. Me senti amado naquele dia, mas um amor verdadeiro. Depois do culto fui conversar com o Pastor e contei a ele um pouco da minha história, mas não falei nada sobre a minha homossexualidade, pois fiquei com medo. 

Na mesma semana eu encontrei o meu amigo Luiz e pra minha alegria e honra e glória de Deus ele havia voltado pros caminhos do Senhor e parte de sua família também havia se convertido. 

Passei a frequentar todos os cultos. Larguei aquela vida mundana de pecados e comecei a me dedicar às atividades da igreja. Um dia eu comecei a sentir uma dor muito forte nas minhas costas e fui conversar com o Pastor a respeito dessa dor. Então ele me disse que sabia o porquê da dor, mas que ainda não poderia me falar sobre o que se tratava. Ai ele me pediu pra eu meditar nos capítulos 1 e 6 de ROMANOS. Fiz o que ele me pediu e comecei a entender o porquê da dor. 

Alguns dias depois eu procurei o Pastor Ricardo que é líder dos jovens e contei pra ele um pouco da minha história com alguns detalhes. Inclusive sobre minha homossexualidade. E disse a ele que eu estava liberto. Achei que ele fosse me colocar pra correr dali, afinal de contas se no mundo eu já não era bem aceito, imaginei que numa igreja Assembleia de Deus eu fosse ser escorraçado. Mas aconteceu o contrário! Ele segurou em minhas mãos, disse que estava muito feliz com a minha libertação e com minha atitude e orou por mim. Depois dessa confissão o Pr. Walter disse que já podia me falar o porquê daquela dor nas costas e me revelou que eu havia sido liberto de um espírito maligno (pomba gira) que me levava a agir da forma como eu agia. Disse-me que esse espírito maligno foi arrancado das minhas costas e quando isso aconteceu, ele me feriu espiritualmente. Não tive dúvidas da minha libertação! E Deus abençoou muito a minha vida quando eu me firmei na igreja e nos caminhos dEle. 








Me casei em 12 de maio de 2007 com uma verdadeira serva de Deus num teatro onde muitos artistas sonham em se casar, mas Deus só abriu essa porta pra mim \0/ . Hoje estou totalmente liberto! Sou um homem feliz. Bem casado e servo de um Deus que é fiel a quem o busca de verdade. Para cada dia em que eu vivi na vergonha, o Senhor tem me dado dupla honra. Hoje eu e minha esposa Erika temos uma filha linda e estamos vivendo as promessas de Deus para nossas vidas.






Meu passado embora seja vergonhoso, hoje serve para eu honrar e glorificar o nome do Senhor e também mostrar para as pessoas que Deus é maravilhoso e que Ele jamais desampara aqueles que o buscam com sinceridade. 

11 comentários :

  1. Testemunho maravilhoso. Fiquei bastante impactado com o que você viveu e muito feliz pela obra que Jesus fez na sua vida.
    Sabemos que o ladrão (satanás) veio para matar, roubar e destruir. Porém, o nosso Deus e Pai enviou Jesus para nos dar vida em abundancia.
    Glória a DEUS que é fiel e continua sendo tão amoroso com a humanidade, apesar desta ser tão rebelde e incrédula.
    Deus abençoe sua vida e ministério.

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  2. Ainda bem que esse homem superou a homossexualidade e agora tem uma família.Que bom ler esse texto.Existe esperança para quem quer abandonar o comportamento homossexual.Garanto que agora ele é e está mil vezes mais feliz do que quando ele estava na homossexualidade, que aliás não preenche ninguém e no final das contas só nos traz depressão, solidão e nos deixa vazio. Ainda bem que ele tem uma família com mulher e com filhos! Isso é que é bom!

    Desejo muitas alegrias e felicidades para o Maurício! Ele merece ser feliz! Os ex-gays mostram que nem todos que praticam a homossexualidade são felizes e é isso que muita gente, em nome do politicamente correto, quer esconder! Desejo muita sorte para o Maurício e a sua família.Eles merecem toda a felicidade do mundo. Que eles sejam muito felizes.

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  3. Que história comovente.

    Para alguns a homossexualidade é algo comum, para outros um destino bem aceito, para tantos outros é algo que não se gosta.

    E esse blog com histórias como essa, é um ótimo meio pra vermos que existe sim, solução.

    Obrigado autor, e que história! Uma das melhores que li aqui.

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  4. Que lindo... Fiquei maravilhada com o testemunho \O/

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  5. Muito bom esse testemunho! Isso mostra que com muito esforço e força de vontade é possível largar a promiscuidade do meio gay e deixar a homossexualidade para trás! Se existe gente que é feliz praticando a homossexualidade, existem tantas outras que não são! Os ex-gays merecem ser respeitados e ser deixados em paz! Para algumas pessoas, como o Luiz Mott e tantos outros, a homossexualidade é uma benção. Para tantos outros, ela é uma cruz e um fardo a ser carregado!
    Não importa o que o movimento gay e a mídia digam: Os ex-gays vão continuar existindo.Ninguém vai calar os ex-gays.Ninguém é feliz na instabilidade, na promiscuidade e na solidão.Os podres do meio gay vão continuar sendo mostrados, apesar do politicamente correto dos dias de hoje!Homossexualidade não é libertação, é escravidão!

    Meus parabéns para o Maurício Freire! Existe saída e esperança para os que querem sair da homossexualidade! Que bom que hoje ele tem uma família, com uma mulher e uma filha!

    É bom ler depoimentos como esses! Muita bom ler a história dele!

    Que ele e a família dele tenham toda a felicidade do mundo!

    Obrigado!

    Lucas!

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  6. Olá, me chamo David e tenho 20 anos. Nasci e cresci numa família cristã, e sou filho de pastores. Porém, aos 15 anos saí da igreja pra viver minha homossexualidade. Quando eu era criança (com 5 anos) era abusado por um primo mais velho ( de 17 anos), eu não entendia muito bem o que era aquilo, mas eu gostava, e mesmo sendo criança ia sempre na casa dele pra fazer as mesmas coisas. Depois disso, cresci sentindo atração por homens, mas não aceitava isso, pois como cristão acreditava que era totalmente errado. Até tive namoradinhas na escola e na igreja, paixões por meninas, mas sentia desejos sexuais por meninos, e chorava muito por isso. Então, com 15 anos coloquei na cabeça que Deus me fez assim, pois eu sempre orava muito pra ele me libertar disso e nunca obtive resposta. Foi aí que saí da igreja e comecei a ficar e namorar com garotos, e com 16 pra 17 anos me assumi homossexual pra família. Tive alguns namoros que sempre acabaram em traições e nunca duravam mais do que 1 ano. Pra mim não bastava apenas ter alguém do lado pra ''amar'.' Eu sentia muita atração por homens e queria sempre fazer sexo com vários ao mesmo tempo. Quando terminei meu ultimo namoro, a quase dois anos atrás, não quis mais saber de namorar, pois como eu disse, o que eu sinto por caras na verdade, é apenas desejo por sexo, sem sentimentos envolvido!
    Foi ai que, a quase 1 ano atrás conheci uma garota, e ela era tão bacana, tão especial que me senti muito atraído por ela. Então começamos a ficar, e foi algo totalmente diferente de tudo que ja vivi. Com ela eu não sentia desejo apenas de transar, era muito além disso, sentia desejo pela companhia dela, pelas conversas, e eu percebi que é totalmente diferente um namoro hétero, que é muito mais compreensivo e gostoso de viver. Ficamos por uns 4 meses apenas, não era nada serio, porém, depois disso me tornei uma pessoa confusa. Hoje, ainda sinto desejos sexuais por caras, mas vontade apensa de sexo. E também sinto um desejo enorme de ter uma namorada, companheira, futuramente uma família, pois percebi que também gosto de garotas, e de uma forma muito mais bonita!
    Mas não queria mais sentir desejos sexuais por caras, sempre que me masturbo pensando em algum cara, logo depois sinto um vazio enorme dentro de mim, e um arrependimento por ter feito isso :/ .Voltei a orar e pedir pra Deus me transformar, e me libertar desses desejos, mas ainda é difícil acreditar que isso pode acontecer. Mas, afinal, pra Deus nada é impossível, né?!

    PS= Desculpe pelo texto enoorme, mas eu queria desabafar rsrs. Um abraço *-*

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  7. [David aqui] - Valeu pela dica, vou usá-la (apesar de ser bem difícil pra mim).
    Cara, eu já pensei muito como você, em ''sufocar'' meu lado gay, já que eu também me sinto atraído por garotas, mas isso é praticamente impossível :S. Mais difícil ainda, é a ideia de que amigos, parentes, enfim, a sociedade em geral, jamais vão acreditar que não curto mais garotos, se um dia eu me 'libertar' disso, saca?! Considerando que eu sou assumido pra praticamente todo mundo que eu conheço. Não sou daquele tipo afeminado e tal, mas por eu ser assumido, todos me vêem como gay apenas, e você sabe né? quem tá por fora não intende a confusão que se passa na cabeça de um bissexual/homossexual.
    Sei lá, eu quero muito um dia olhar pra um cara e não sentir mais desejo nenhum, atração nenhuma por ele. É meio difícil acreditar que isso é possível, mas, mesmo assim vou continuar buscando por isso. :)
    Valeu mesmo pela atenção rs \0/

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  8. Bom Parabéns a sua nova vida que VC vive hj.
    Já no meu caso eu não tenho vontade de sexo com homens. Tenho uma necessidade de viver uma relação estável com um só. Um casamento,uma cumplicidade e aliança... Não me fasicina em nada viver uma vida de só sexo. Afinal oque me atrai no homem não é o sexo. E sim o homem a pessoa em geral. Não tenho o mínimo de atração por meninas em nada.Com homem me sinto realizado em todos os sentidos em relação a área sentimental. Não sou viciado em sexo . sou viciado em uma relação estável isso sim. Sou do tipo que busca uma parceria pra vida toda para que juntos venhamos construir uma vida como de qualquer outro casal. Agora o difícil é achar alguem com o mesmo objetivo que o meu. Pois até na relação hétero está difícil construir um casamento solido.
    Sinto nojo sim da relação sexual só por sexo.
    Agora quando tem uma fidelidade já me faço por satisfeito. Como podemos ver nos casos aqui relatados cada caso é um caso. Não podemos generalizar de que a relação gay é puro sexo. Não no meu caso .

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    1. Como vc bem disse cada caso é um caso. O seu, por exemplo, é diferente do nosso. Você se dá bem com a homossexualidade, se adapta, se satisfaz. No nosso caso detestamos todo o universo homossexual porque ao contrário de satisfação a homossexualidade só nos fere/feriu. Quando vc disse que não sente atração por menina é necessário lembrar que isso não é uma sentença, um decreto. Para nós é um aviso de que essa atração tem que ser trabalhada. No nosso caso, como queremos isso, nos permitimos. Obrigado pela parabenização e acredito que tenha sido sincera. Também te desejamos felicidades!

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    2. Realmente foi sincero! Parabéns a todos colaboradores desse projeto!
      Sempre faço uma visitinha aqui pra saber das novidades.São testemunhos impactantes, e são esses que depertão a Fé do povo.
      Que Deus nos abençôe!


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  9. Deus abençoe sua vida Alexandre! Poderosamente...glorifico a Deus porque passei muito do que pasou e hoje não vivo mais eu, Cristo vive em mim

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